chova, faça sol, subam homens em palanques, flutuem com ou sem asas e auréolas, coloquem meu pescoço sob a lâmina, viagem ainda mais longe no espaço, inventem algo superior à luz... desça um outro dos céus, ressuscite-me ou me transforme num frango... que eu me disfarce insinuando humildades e ainda que eu seja concomitantemente meu próprio diabo massacrando a mim mesmo e a minha imagem, continuarei sendo meu deus! confesse-me, serei eu meu deus... árduo, duro, doador, amável, enrugado, com ou sem glória ou adoração... não há escolha, não são necessárias manchetes de jornal, eleições... tirania total, absoluta! é comigo mesmo, e nem mesmo um púlpito para isto!
razão também tem quem luta pra perdê-la! Iscas para almas. Realização do projeto de fazer propostas. Quase uma coisa no lugar de tentativas. Lembretes do desapercebido. Refinaria de gritos.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
o que se remete é uma coisa de esperança difícil, restrita. em escrever se não excluem somente os analfabetos. algo se procura. algo quer se construir e quiçá virar alguém. há um processo de fazer para um leitor. é o processo do sucesso. e há um processo de construção do leitor, sem rótulos, sem gênero e para além do bem e do mal!
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
imagine a costela
o em torno por dentro
como um copo
raspá-la da carne com uma espátula
até o branco dos ossos
a coluna, pense
espessa, os humores, líquidos...
como caldos de comida
a medula espinhal passeada de larvas
a esfera dos olhos recheada delas
imagine o que imagina agora
como posse dos vermes
ditosos, donos, gordos... sem ossos
no chão
dentro de seu caixão alguns dias descido
depois de uma pontada no peito
esticada no rosto roxo
e a queda na sala sem respeito aos utensílios
a dor até o fim
como você não quis imaginar
e com muito mais medo do que quando o fez
as veias dilatadas de pânico
pense bem!
pois é isto o mais certo amanhã
que se pode imaginar:
quando nem mais ossos
muito antes
nem mais você
o em torno por dentro
como um copo
raspá-la da carne com uma espátula
até o branco dos ossos
a coluna, pense
espessa, os humores, líquidos...
como caldos de comida
a medula espinhal passeada de larvas
a esfera dos olhos recheada delas
imagine o que imagina agora
como posse dos vermes
ditosos, donos, gordos... sem ossos
no chão
dentro de seu caixão alguns dias descido
depois de uma pontada no peito
esticada no rosto roxo
e a queda na sala sem respeito aos utensílios
a dor até o fim
como você não quis imaginar
e com muito mais medo do que quando o fez
as veias dilatadas de pânico
pense bem!
pois é isto o mais certo amanhã
que se pode imaginar:
quando nem mais ossos
muito antes
nem mais você
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