terça-feira, 27 de agosto de 2019

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

o tempo que fugiu de casa

de samba-canção na sala
tendo um samba enredo para desfilar
fui fazer xote mas senti tamanho aperto
só cabe baião e frevo pra gente poder pular

e a minha camisa tá assim amarrotada.
porque até o ferro elétrico tá sem tempo de passar
virou a noite não dormir até agora
pra morfeu não roubar hora
e deu hora d'eu trabalhar

cadê o tempo que saiu por casa a fora?
tô precisando dele para descansar.
cadê o tempo que saiu por casa a fora?
tô precisando dele para namorar

sem bem que a namorada foi embora
dizendo que num guentava:
"tudo fora de lugar!"
eu disse ela que se ela achasse o tempo
contasse meu sofrimento
comovesse ele a voltar

e de repente já raiou um novo dia
"quede" a tecnologia que viria nos salvar?
fogão de gás, é lava-roupa e lavadeira
é "microonda" e geladeira, é tanta coisa
Eira nem beira e a gente na fileira sempre pra poder comprar.

é viaduto, é passarela,  é ciclovia
é avião, coisa ligeira, 
é todo mundo correria
é muita mais velocidade
para a gente se chocar

é patinete, é na internet
a minha tia reclamando companhia
que não vou lhe visitar
o telefone faz vídeo fotografia
e recarrega a energia
é tudo mais com garantia!
mas não tem economia
que me deite no sofá

cadê o tempo que saiu por casa a fora?
tô precisando dele para descansar.
cadê o tempo que saiu por casa a fora?
tô precisando dele para descansar.

eu tô comendo muito fast food
depois que o tempo deu o fora
e não tem hora pra voltar

e tô te precisando, Robin Hood
que tire um tanto dos ricos
pr'eu poder me aposentar


cadê o tempo que saiu por casa a fora?
tô precisando dele para descansar.
cadê o tempo que saiu por casa a fora?
tô precisando dele para descansar.

o que a moça triste tinha mais perto do riso era o deboche!

sonho com o fim do sonho

como seria terrível conhecer todo o mundo possível, não nos restaria nem um pedacinho para o sonho.

EU-PRAÇA.

eu, em que vêm passear pensamentos medonhos - moleques -, arrastando ruidosamente os seus respectivos sentimentos de vergonha - birrentos irmãos menores -, sou finalmente o cansaço que não vi na praça. sou finalmente o passeio que não vi.

ai! ai!

ai! ai! ela ausente é suspiro de espera
a vontade dela, uma pantera
que se ela não vem me devora
e ruge insaciável esta fera

meu deus!beija-la-ei toda e lento
queimando devagar o momento
do desejo incendiário na gente

sussurrado entrego seu nome
como quem planta a semente
regando um sonho inconsciente
bem no pé do seu ouvido

na sua ausência faço versos
e lhe confesso a esperança
que estes tem de promover a dança
que ainda não sei se consigo.

que terei consigo.
a dança
eu não sei se consigo
ai! ai!



quarta-feira, 7 de agosto de 2019

segunda-feira, 5 de agosto de 2019