sexta-feira, 24 de julho de 2020

terça-feira, 21 de julho de 2020

mais vale uma mulher de amigo meu  na mão do que dois não brigam.

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Procurando a verdade a vida se perde

quando não são as mesmas, as coisas que acho costumam ser menos interessantes do que as que tropeço. e olha que tropeçar tem um dedão de desvantagem!

Tô me esquecendo e já nem lembro por que valia a pena.

Conversas insólitas



...Devo talvez ter guardado. Pensarei a respeito com a mão no queixo por horas e te esquecerei de dar uma resposta... E por falar em tomates, a conta de luz já veio?

Tô batucando em terreiro vazio, baixando santo pra jogar conversa fora.








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A vida tá tão tediosa que eu ensaio uma frase  e converso para achar contexto de encaixá-la.

Mundo dos negócios

  a gente entra com a mão abanando e sai esfregando na testa

megahertz

um dia no meio de um ódio percebi que minha cabeça pegava feito rádio uma sintonia em que falava o diabo: "mata ele, porra! mata esse filho da puta!" e com tempo, correndo lento o ponteiro dos ânimos, fui percebendo que havia no caminho outras frequências que capatvam vozes diversas. "psicografia"; "esquizofrenia"; "poesia"... - o termo só depende da nossa amizade! um dia fui subindo a frequência, girando as orelhas, tentando equalizar cristo. o máximo que deu foi são joão: estalando foguetes, subindo balão, "pula fogueira, iô iô!", "anarriê!" "olha a cobra, é mentira!"... putz! hertz! deus era AM, maior monotonia!

PESADELO

eu trabalhava no sonho. todo dia! batia ponto. só mesmo quando não dava pra dormir, por alguma moléstia, que eu faltava serviço. daí sonhava com atestado médico no dia seguinte. meu chefe me amava naquele cargo pequeno que me assistia. às vezes eu dormia até tarde, mas não ganhava hora extra. tinha tanto saldo no banco de horas que nem cochilava nos dias seguintes. toda noite, na manhã de serviço, me dava de canto um sorriso, antes de entrar na fábrica. depois que a gente lê marx nunca mais uma bota estala que não seja na nossa cabeça. aí veio a insonia e tomei justa causa, quando sonhei novamente estava deitado sobre papelões na praça. e nunca mais acordei.



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domingo, 19 de julho de 2020



quero 
          que 
       os versos 
     sejam 
       das mágoas
como o vapor 
é das águas


o desejo fluindo sem a pedra das culpas obstantes...

o desejo, um dia, sem desvios, queda livre dos rios, 


cachoeiras de prazer...

o desejo sem o de confeccionar figuras decentes,

antes depois de aguardentes 

que de pacientes aguardantes de merecer

o desejo possível, dádiva...

realizado no outro, 

como o mundo oposto

não o darwiniano que nos obrigou a caber

mas o que por falta inventamos


pra acharmos gosto em viver


amor

fluxo da dor
saindo de dentro
pra viver ao lado

Quem só olha pra si mesmo pensa que é o mundo que está fazendo isto.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

A estupidez é uma reta, o caminho mais curto entre os pontos: "o desejo e a insatisfação". A inteligência faz belas curvas, curte alongar o caminho em prol da duração, sabendo que o fim é o mesmo inexorável: "não!".
Não posso me descrever de um só jeito! Não prometo um sujeito, um caráter rijo, um cidadão... Obrigado a me adequar às circunstância, sou um
recém-nascido em cada nova situação.
o que quer que eu seja ou venha a ser é inútil sem parecer. se pareço, olhando de dentro é impossível saber. antes de aceitar-me nada - embora ainda não completamente -
fazia como é costume fazer: ajeitava-me ante os outros como se diante de um espelho, até me crer! é muito ordinário requisitar os outros para estabelecer e manter a nossa autoconsciência, até o fim. é assim que descansamos na ideia de que "somos algo ou, pretensamente, alguém".

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Saudade de crenças

sei quando uma pessoa se sente passada, quando sente perdido um pleno gozo da vida, pois ela vira "dona do tempo'. pois sim! é quando ela começa a dizer "no meu tempo!"... reparando bem, é engraçado, não? é como se a pessoa admitisse alguma morte.

ISTO NÃO É O MUNDO

 "- Quando você finalmente entende o que é o mundo, ele passa a não ser mais seu e sim do seu filho. Mas nem a isso se pode ter apego. Uma vez que seu filho compreende o mundo, o filho dele já o terá herdado e ele já não será senhor de nada.
O mundo é sempre da geração futura. Da que vem por aí."





Pois sim! O que eu entendo nunca é meu. Entender seja perceber de uma maneira idealizada, inteligível, e não possuir. Tocar com a razão é não tocar, menos ainda ter... É como uma confessa impotência dos braços. Entender é menos que ter o vapor das coisas. Entender a pedra está mais longe da pedra que o pó. Seja talvez que quem entende algo o destaca, enxerga sua terceirização, sua distinção do resto, mas não necessariamente usufrui do algo... Ah entendimentos são tão subjetivos. O que entendo... não deve ser grande como o mundo! Pois é até plausível que me tenha sido cobrado numa resposta de no máximo três linhas de uma prova ginasial, cabe num envelope, um vento levaria prum esquecimento, uma pessoa bocejaria... 

Ah, amigo, tenho perdido em pequenos vasos as sementes que quis flores. Que direi de possuir o mundo sem comicidade e sem soar ainda mais ridículo? Do mundo... estou sempre imaginando uma sombra do que é a vida ao vivo e a cores. Quanto a esse ser da geração que vem, talvez você esteja falando da "sensação de possuir o mundo", sensação - quem sabe? - sempre pueril! E não haja talvez "possuir maior" que este para a enorme maioria, que é ter a liberdade pra imaginar, sentir... à parte um entendimento. Aproveitar que não acenderam as luzes e dormir o mundo, sonhá-lo... Assim seria mais uma maneira de ser feliz aqui, bastante usufruto, nenhum domínio. 


Ora! Tem "o mundo" que gozo, "o mundo" que sofro... O que entendo é tão pouco! Tem algo meio de concluído, definido... e se pareça com uma rocha talvez, mas mais estático do que a realidade de pedra, sem atmosfera, sem estar encrustrado na materialidade, destacado de mover-se e desfazer-se sob leis da física; enfim, destituído de existir materialmente pra que caiba em algum meu entendimento. 

Já "seu filho"... é um colóquio! Entendo a quem se refere, mas o pronome possessivo, se literal, nos entorna sempre num largo engano... Eu mesmo - esperma de um, óvulo de outro, alimentado no mundo - se me entendo me faço menos e mais longe estou de possuir-me... 

Este tempo me deu a essas palavras, seja mais agente que eu nisto de respondê-lo... Alguma vaidade, alguma pretensão contracene com meu ócio e eis a peça! Que não é mundo algum! Aliás, amigo, não possuir acabou me entornando nesta coisa de esticar-me em divagações como troco pouco ao tempo que me leva.


domingo, 12 de julho de 2020

- Elas são melhores.
- Em que sentido?
- Pra começar, em você poder fazer esta pergunta, em você não ter sido abandonado, ou seja,  em você estar vivo... Nós somos tão ruins que não sabemos disto.
- Por que você, um homem, está dizendo isto?
- Porque elas são melhores  sobretudo em "cuidados" conosco.

FIM

segunda-feira, 6 de julho de 2020

tudo é sensação, e só se vive particularmente, numa mais que evidente solidão, contra qual só nos salvamos crentes de alguma comunhão. mas se é particular, mais coerente é não chamá-la "nossa" e nem "realidade", mas "ilusão". 
no tempo vamos de qualquer forma. para onde senão fim? o planeta é redondo, o mais, infinito, que podemos é tão só dar uma voltinha. e neste processo a vida é apenas o que diz: "por enquanto!" a reclamar duração, sofremos o fim, e a reclamar utilidade, somos condenados em ultima instância à inércia. se não fomos ainda derramados nesta realidade é porque no nosso tribunal craniano não é comum recorrermos contra as ilusões que nos consolam.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

a tolice é um direito inato.



SOBE!


                                                       despencamos: 

                                              triste

                                 monossilábico

                         ao

                versos

     eternos

dos                                                                            
   

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Ministério da saúde:


- O senhor ministro sabe ao menos como ter certeza se uma pessoa está morta?

- Moleza! É só dar mais de 80 tiros.


você já achou uma pessoa inteligente a ponto dela aprender contigo?

COMO VINHO

trata sua opinião como vinho... acha que o fato dela ser velha a faz melhor! pois eu acho que lhe falta a rolha.

REBELDE NÃO ACEITA

- A beleza física é superficial, uma casca...

- A beleza física é mais honesta, muda na nossa frente por circunstâncias contempláveis e comuns a todos... A beleza que há por dentro muda... sabe-se lá, até vestindo, por exemplo, o discurso pronto que sua fala iniciou aí! Ela se fantasia, possui um tempo particular, recusa-se a mudar quando deveria, finge uma permanência, adere ao popular... É sempre antinatural ao manter-se imperecível no invólucro gente.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

A PONTE - LIVRO DOS CUIDADOS COM O AMOR

Se entre nós e aquilo que amamos vemos necessariamente uma ponte, a ação sábia seria valorizarmos a ponte tanto ou mais que o objeto amado, pois sem ela você não saberá mais quando ainda é amor ou falta de alternativa. O caso é que amando somos muito afoitos e pouco sábios e não raras vezes a exigência do amor é que queimemos a ponte.

Um ser vivo muda de estratégia milhares de vezes antes de ser abandonado por uma intenção.