Será também o vício um recurso inconsciente-desesperado para vida continuar. Pelo vício continuamos!
Quando vem a lucidez, não podemos mais sonhar... Obedecemos Baudelaire e nos embriagamos.
Mas a poesia tenha acabado ou não passe de bravata.
A publicidade asfixiou o verso na gravata.
As coisas já não são colhidas pela espontaneidade, mas empurradas goela a dentro por manipulações redundantes, limitadas alternativas que só possibilitam a confissão de culpa ao reclamante.
As perguntas na tela são retóricas porque automáticas se repetirão até em "sim" converter nosso "NÃO!"
A tela pergunta se somos um robô.
Pode haver humanidade atrás dela?
O pensamento caiu na rede, vive nos aquários, retângulos, enquadramentos, vitrines...
Dizia ja o ditado: enquanto existir otário, malandro não morre de fome...
...e sequer paga por crimes.
O Smart nos passa pra trás...
disfarçando atrás do Phone.
Antes dançávamos no ritmo
Agora o algoritmo consome
cada pulsação numa oferta:
Remédios, exercícios, férias, palestras, "psis", dietas...
Atormentam o nosso juízo:
Mas... "Navegar é preciso!"
Recorrer a um amigo?!
No naufrágio o abraço é perigo!