sábado, 28 de março de 2020

AMAZONA




A consciência é uma moça franzina que a mirar um robusto cavalo selvagem pretende montá-lo e atravessar um deserto, que é seu mundo. Ela não possui habilidade para amazona, não dispõe de sela, rédeas e sequer supõe a necessidade desses atributos para experimentar a montaria, qual lhe propiciaria em meio de um caminho irreversível, moribundos de sede e fome, o riso ignorante em vez do último suspiro, ao ver calma e rígida num oasis adiante inalcançável, tal uma miragem do impossível, aquela figura exótica vista algumas vezes ao longo do caminho, que se chamaria camelo.

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