quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

 Amanhã a hora não existe. Estaremos todos livres! Inclusive de estar, como apertados por segundos ameaçadores d'agora. Átomos de invisível tempo, em que contraímos e espalhamos a morte. Todos contaminados! Este tempo precisa ser etiquetado como o tempo em que a vida mesmo é uma doença fatal. Quem já condena existir, que melhora reivindica se não dá cabo da própria vida? Amanhã, terra sobre nós! Covas coletivas para quem louvava méritos individuais. Ajoelhamos ante ídolos. Covas banais pros iguais em tudo perdido. Na morte... Só na morte seremos tais. ... Pois a vida... A vida não é o oposto?

Nenhum comentário:

Postar um comentário