Achei uma brecha em mim!
Estou ligado em minha própria vida...
como qualquer um.
Mas achei uma brecha!
Como um condenado numa solitária,
uma brecha no claustro
por onde entra o pão da esperança.
Certo!, não é grande coisa!
Uma fenda apenas!
A visão mal atravessa...
E... Talvez o outro seja apenas uma hipnose,
que me acelera o peito,
O outro seja talvez fruto na copa de uma carência minha
Pareidolia de gente num vapor barato,
Digo, ilusão de ótica.
Turva em bordas o outro lado,
um excesso de moldura
para uma pequena nudez
chamada outro.
É o pouco que faz muita falta:
uma brecha no universo ego.
A luz no fim do túnel era o outro?!
Uma brecha,
uma rachadura na escura solidão.
É quase nada!
Mas ilumina!
E me vejo pouco, pequeno bicho...
Mas apareceu uma brecha e
achei um planeta em outra vida.
Achei uma brecha no ego
é só uma brecha, uma pequena coisa no meio do infinito que me acho.
Mas sei que sou pequeno,
E quem sabe agora me vejam.
Há uma brecha, e ela também é uma brecha
do outro lado.
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