os ditos de amor para mim são como homens que dão tons gratos as suas palavras como que a uma fonte que aparecesse ante sua sede
e os de ódio são como de quem tropeçasse em uma pedra
e aspergisse sobre esta a sua fúria em vernáculos
ambas as coisas parecem uma vontade de sentido
que habita um meio de infinito sem razão alguma.
pródigos acidentes que semeiam dogmas
na fértil sem-razão dos homens.
é inevitável que fechemos os olhos cansados de cores e luzes
que não levam a lugar algum
e gozemos em nosso escuro particular miragens
que a concretude indiferente não reproduz
razão só se encontra motivo num certo grau de loucura
razão que a gente desleixa mais tarde nos procura
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