sábado, 30 de outubro de 2021

Meu engano se reduziu ao ponto em que não espero mais entendimentos, então faço versos em vez me dar às conversas. E é como ser um ateu que ora, pois não é questão de crer em Deus, mas de ter palavras sem destinatários ou interlocutores. Jogá-las como um bilboquê, mexê-las como um objeto a que se entrega mãos inúteis distraídas. Perdeu-me a expectativa-eu, que era a que projetava o outro.

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