Se ninguém pode ser minha felicidade, para quantos terei de distribuir minhas noites? Com que enganos consolarei largas horas? Quantas vezes minha vida será me conformar diante dos espelhos e dos olhares alheios? Se todo mundo almeja tudo, quem se admitirá pouco pra se contentar comigo?
Não quero dizer nada com estes olhos, fecho-os como um segredo... Visto camisas sem estampas, mas a qualquer modo me definem, me encerram... E se aborrecem comigo.
Se vemos o mundo real sozinhos, que mãos senão as de uma ilusão poderiam anular as sensações de deserto?
De uma verdade triste, o que além da cegueira, do esquecimento e da loucura seria salvação?
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