É um tanto complicada a história do sacolão. Escolhia frutas. Bananas, maçãs.
As bananas estavam apodrecendo. As maças; gosto das durinhas. Mal maduras.
"Eu daria minha vida por uma sacola maior e você, menina. Eu te amo.
Vamos com as frutas?". Cartei milha melhor cantada, "seremos felizes
para abacaxi!" A princípio, fez pouco alho de mim. Mas ao cruzarmos o
caixa teve ciúmes moranguinhos d’eu numa caixa tão bonita.
Eu sabia que poderia apaixoná-la ouvindo "Habanera", porém os
CDS estavam todos numa mistureba dos diabos. Liguei a máquina de lavar e nos
abraçamos gostosinhos no frio da uva. Julho.
Domingos, calçávamos frouxos chinelos de dedo e ,ó!, beira do córrego. Lá
tiritávamos, tirava os chinelos e pés nas pedras geladas no fundo da corrente.
Era um mago quando as couves enverdeceram e o CD dos tenores sobre a mesa
tosca de madeira. Uma imagem de Santa Maria rogava olhos miúdos por nós
pecadores? Olhávamos saudades em fotografias: julho suspirava-nos. Amenos feito
brisa e folhas.
Ganidos no quintal: chegou coelho, nosso cão branco. Comia tortas e o que
comíamos. Corria atrás das crianças brincando. Depois que vi que era
engraçadamente torto e o rabo como lhe pesava às vezes.
Belo dia chego em casa, as luzes apagadas, ela chorando mil cebolas. Um
feijão bafejava quase toda a rua. Ela ouvia "Habanera". Pensei,
"mexerica dos “tumatis”!".
E nos reapaixonamos edredons e fronhas frescas melancias que era tempo.
Fresca de orvalhos ela me esperava branca espontânea nuvem.
Os lençóis- rosas esmaecidos -, não sei como posso tê-los reminiscências
d’ontem tão ontem mesmo; e tudo era claro. Ela discreta de mil sussurros
coniventes.
Limões que C vitaminem!
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