terça-feira, 14 de maio de 2019

achado

então sou um achado! sou quase que inventado por você e a sua interpretação livre! assim, nesta solidão, inventei amigos imaginários que converso quando preciso, como laura! laura nem sempre me agrada; muitas das vezes, continuar a escrever é fruto de suas provocações e suas divergências comigo. é uma segunda voz sempre imprecisa. não deve ter personalidade! acredito que não tenha personalidade alguma! viro um mundo em que isto não é preciso. não se trata de um ambiente civilizado, mas... de minhas vísceras, minhas entranhas, minha psiquê, minha piscina de sentidos!  aí atua Laura, existe, surge! primeiro, como um nome! como um mundo feito por um Deus, em que primeiro vem um verbo. laura é isto! o que é nada! quase nada! o que se apaga rapidamente e que me esqueço. e me volta como minha necessidade de companhia, e me volta como desistência de companhia no mundo concreto. laura é isto: uma interlocução falsa ou outra voz, como milhares de outras vozes ignoradas de quais já não espero respostas e mesmo não faço perguntas para que tais, tão responsáveis, não se atrevam a  pontos finais.

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